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Este ícone do Piemonte foi descrito por Jancis Robinson como "a mais poderosa e dramática expressão da variedade Nebbiolo". Produzido pelo meticuloso Massimo Rattalino, que trabalha na sua adega com a devoção de um monge budista, este é definitivamente um vinho a ser provado. Em Barolo não existem classificações oficiais de “cru” (vinhedo único de nível de qualidade elevado), mas extra-oficialmente a região é uma das que mais possui subdivisões importantes. Bussia, ao norte de Monforte d'Alba, é conhecida por dar origem a vinhos elegantes e longevos. Este, por sinal, é um Barolo de classificação Riserva. Sua elaboração tem como base videiras com 45 anos de idade, voltadas para o sul e inseridas em solos que mesclam argila com sedimentos calcários. A maturação tem uma duração total de 64 meses, dos quais 48 em tonéis de carvalho da Eslavônia com mais um mínimo de 24 meses em caves. A degustação revelou um vinho que pode entreter um bom enófilo por horas a fio. O aroma é sedutor, com suas notas florais de rosas escoltadas por especiarias como alcaçuz e frutas como a ameixa seca sendo completado ainda por nuances de café e um toque refrescante de eucalipto. Em boca, mostra que tem potencial para uma longa evolução. Os taninos proeminentes exibem um bom grau de maturidade sem qualquer excesso de adstringência. A acidez faz o contraponto causando uma enorme salivação. Entrega ainda ótima intensidade de fruta e um perfil encorpado, com sabores de cereja, cacau e um toque terroso. Excelente agora, mas certamente deve entrar para a categoria de “vinho hedonista” dentro de poucos anos. Esse exemplar está pronto para o consumo, mas pode ser degustado ainda em seu ápice até fins de 2026.